Um encontro no Bahr, no Bairro Alto Hotel, com duas figuras fundamentais da gastronomia nacional que, juntos – ainda que separados por muitos quilómetros – trabalham pela valorização da cozinha portuguesa.
Nuno Mendes, diretor criativo do BAHR, tinha chegado a Lisboa há um par de dias. Os encontros pessoais com Bruno Rocha, chefe executivo do restaurante, têm sido, nos últimos tempos, um bocadinho mais frequentes, depois de muitos meses com restrições de viagens. Mas a verdade é que esta imparável dupla nunca deixou de estar em contacto; nunca deixou de partilhar ideias e vontades.
Tem sido assim desde meados de 2017, quando começaram a trabalhar juntos neste projeto que marcou o regresso de Nuno Mendes a um restaurante em Portugal. Foi um ano de preparação, de viagens pelo país e de troca intenções que ajudaram a dar esta nova vida do BAHR.
Os dois cozinheiros pensavam a cozinha da mesma forma, mesmo sendo de gerações diferentes: Nuno Mendes, mais velho, com as suas viagens entre as escolas de cozinha norte-americanas, o Japão e, na última década e meia, em Londres, a puxar pelas memórias da cozinha portuguesa (e a ganhar estrelas Michelin); e Bruno Rocha, mais novo, mas com uma fortíssima experiência de restaurantes de grandes cadeias hoteleiras no Algarve, mas com muita vontade de fazer diferente. O objetivo comum? Elevar a história, a memória e os sabores – de Norte a Sul – portugueses.
Esta é uma conversa onde ficamos a conhecer os objetivos do BAHR para os próximos tempos, mas é, sobretudo, uma boa oportunidade de ficar a conhecer a forma de pensar de Nuno Mendes (que quer passar cada vez mais tempo em Portugal) e Bruno Rocha: a importância que dão ao bem estar nas cozinhas e à cumplicidade e a forma como isso se reflete nos pratos que chegam a estas mesas viradas para o Tejo, lá bem do alto do quinto andar.