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Episódio 58: Ana Moura

Aos 36 anos, Ana Moura vai finalmente concretizar o seu sonho e abrir o seu próprio restaurante. O Lamelas, em Porto Côvo, vai ser um tributo à família e à terra onde passava fins de semana os meses das férias de verão quando era pequena.

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“Este é o momento de ir para Porto Covo e dar alguma coisa à terra.” É também com este espírito de missão, através da arte da sua cozinha, que a chefe Ana Moura vai inaugurar – em maio – o seu novo restaurante, Lamelas. 

Abrir restaurantes não é, propriamente, uma novidade para a chefe de 36 anos. Já o fez, em 2015, na Cave 23 e na Bacalhoaria Moderna, ambos em Lisboa. Apesar de ter uma forte ligação emocional à vila de Porto Covo, onde passava férias com os avós – e é reconhecida como “a neta do Lamelas” – agora o passo é maior, mais desafiante.

O seu Lamelas tem vista para a baía de Porto Covo. E nesta nova criação, Ana Moura não desenhou apenas a carta. Aqui tudo terá a sua aprovação final: dos produtos aos pratos; das paredes pintadas por si até à cozinha virada e aberta para o centro da sala.

Este é um sonho de Ana Moura há muitos anos, mesmo ainda antes ainda de ter acabado o curso de Marketing e Gestão de Empresas. À pergunta “porque é que foi do marketing para a cozinha?”, a chefe responde entre risos: “A questão é porque é que fui para o Marketing!”

Ana Moura carrega uma formação riquíssima, a demonstração da sua dedicação às artes gastronómicas e às vontade de querer aprender sempre mais. Além do curso na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, formou-se em pastelaria e também tirou o curso de sommelier – algo que hoje lhe dá um jeito tremendo, uma vez que é ela que vai escolher os vinhos que terá à venda no Lamelas, tentado, inclusivamente, demonstrar “a importância de não ter os vinhos acima do preço, mas sim com os preços corretos”. 

As saudades do País Basco

Ana esteve uma longa temporada de cerca de quatro anos em Espanha, O tri-estrelado Arzak foi um dos restaurantes que deixou marcas na chefe, profissionais e também pessoais. Ainda hoje, confessa, e sempre que possível, gosta de poder ir passar uma semana das suas férias à cidade basca, que continua a ser para si uma forte inspiração.

Depois da aventura da Bacalhoaria Moderna, restaurante que se tornou uma das vítimas da restauração por causa da pandemia, Ana Moura, sem medo da descentralização e de sair de um centro urbano, muda-se agora para a costa alentejana e junta-se a uma rota onde estão já estão Bruno Caseiro na Cavalariça, na Comporta; Alexandre Silva no Craveiral Farmhouse, em São Teotónio; ou Hugo Nascimento no Naperon, em Odeceixe. Todos a trazerem ainda mais sabor, criatividade e riqueza gastronómica a esta belíssima Rota Vicentina. 

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